quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

NHL All-Star Weekend 2016 - Parte 2

Continuando o assunto do All-Star Weekend da NHL, passemos para a segunda e última parte do evento, o jogo. 

E que jogo... Pra começar pelas mudanças que tivemos no formato. Antes eram apenas dois times, um para cada conferência, sendo que nos três últimos anos eram times de atletas (ano passado por exemplo, foi Team Toews X Team Foligno), confesso que a idéia de "grande amistoso" muitas vezes deixava o jogo muito massante e tedioso, não só para mim, mas também para muitos fãs de hóquei. As vezes cheguei a ver somente os desafios de sábado e nem ligava muito para o que acontecia no domingo. Bom, dessa vez foi diferente. Pra repaginar o estilo do jogo, a liga resolveu dividir os selecionados em 4 times, uma para cada divisão, que se enfrentariam em um pequeno torneio com jogos de 3 x 3 jogadores (além dos goleiros), o que abriu mais espaço no gelo, deixando o jogo bem mais rápido e dando mais oportunidade de tanto jogadores de linha, como goleiros testarem seus talentos e suas habilidades.

E isso foi o que não faltou, destaques para os gols de Evgeni Malkin (Pittsburgh Penguins) e a ressurreição do spin-o-rama (um dos movimentos mais divertidos do hóquei, atualmente "proibido" nos jogos regulares da NHL), Jaromir Jagr (Florida Panthers) mostrando que mesmo já com 43 anos ainda tem alguns movimentos no repertório e para a brincadeira de Patrick Kane (Chicago Blackhawks) com John Scott (sem time, mas falarei dele no final do post). Enquanto nas defesas, tivemos bons exemplos de reflexos, elasticidade e instinto de Roberto Luongo (Florida Panthers), John Gibson (Anaheim Ducks) e Jonathan Quick (Los Angeles Kings), respectivamente.








Não posso esquecer daquele que foi o grande protagonista do All-Star Weekend, não só dos jogos e dos desafios, mas também dos bastidores. Para entender melhor o que aconteceu, entendamos o processo de escolha dos atletas para jogar. Basicamente o povo vota pela internet nos seus favoritos, os mais votados de cada divisão já são selecionados e também já são nomeados capitães de suas respectivas divisões. Após isso o departamento de operações da liga escolhe os outros participantes, tendo cada time pelo menos um representante entre os escolhidos.

Ai que nosso "héroi" aparece.

John Scott, um jogador canadense de 32 anos que nunca foi destaque por conta da habilidade e sim pelo jogo físico muitas vezes necessário no esporte. Bom marcador, nunca foi um goleador ou o cara das assistências, pelo contrário, em seus quase 250 jogos na liga marcou apenas 5 gols e 6 assistências. Na época de votação uma campanha liderada pelos torcedores do Arizona Coyotes (então clube em que jogava) colocou Scott como o mais votado entre todos os atletas. Porém gerou uma certa aversão da liga. Supostamente obrigado pela organização o time de Arizona foi obrigado a enviar seu jogador para a equipe do Montreal Canadiens em uma troca pra lá de estranha e suspeita. Chegando em Montreal, Scott descobriu que seria transferido novamente para um time de uma liga menor, parceiro dos Canadiens, algo que o impediria de participar do All-Star Weekend, pois não estaria mais jogando na NHL. Foi então que a campanha se intensificou e depois de muita pressão a organização resolveu ceder e deixar Scott participar. E ele não só participou, como também deu um show, nomeado capitão dos capitães, John Scott demonstrou um profissionalismo e simpatia impares, muita habilidade e garra no jogo de domingo, foi campeão do torneio e ainda recebeu o título de MVP (jogador mais valioso) do evento sendo ovacionado pelo público e também por seus companheiros. Um final surpreendente para um "herói" completamente inusitado e improvável.




E esse foi o apanhado sobre o All-Star Weekend de 2016. Outro desses só no ano que vem.

Muitos Pucks de serpentina, confetes de gelo e tacos de língua de sogra pra animar o carnaval de vocês.

Grande abraço.

Fonte: Youtube e NHL (vídeos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário